O 4 de Janeiro afigura-se uma data de transcendental importância, digna de profunda reflexão e exaltação colectiva, marco inquestionável na longa luta de libertação contra o colonialismo e a dominação estrangeira, que culminou com a proclamação da Independência Nacional de Angola, em 11 de Novembro de 1975.
Estas considerações estão expressas numa mensagem do Bureau Político do MPLA, chegada nesta quarta-feira, por ocasião da celebração do 4 de Janeiro de 1961, Dia dos Mártires da Repressão Colonial, que hoje se assinala, em memória daqueles que tombaram na sequência do massacre da Baixa de Cassanje, na região encravada entre as províncias de Malanje e da Lunda Norte.
Recorda que há 56 anos, foram assassinados, pelas então autoridades coloniais portuguesas, homens e mulheres camponeses que se recusavam ao trabalho forçado e intensivo a si exigido, em troca de nada, que se saldou entre cinco mil e 10 mil mortes de angolanos.
A nota faz menção ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, na sua mensagem de Ano Novo endereçada à Nação, segundo a qual “num mundo em convulsão, com conflitos a alastrarem-se por várias regiões, Angola mantém-se, desde 2002, um país estável e pacífico, com as suas principais instituições democráticas a funcionarem normalmente”.
“Neste contexto, o MPLA continuará a pugnar pelo convívio aberto e tolerante entre todos os cidadãos, para que o Governo e o país prossigam no seu esforço incessante de criarem as condições para proporcionarem maior bem-estar a todo o povo angolano, concluindo os projectos em execução, neste ano de 2017, que vão garantir maior acesso à educação, à saúde, aos serviços de energia e água, à habitação e a maiores oportunidades de emprego, especialmente para a juventude”, refere.
Segundo o documento, o MPLA defende que o melhor tributo a ser dado, pela sociedade, aos heróis da Baixa de Cassanje é o de fazer florescer os ricos campos dessa região, já regados, há 56 anos, com o sangue, suor e lágrimas daqueles que contribuíram para que brotassem as sementes da liberdade, que vão propiciar o aumento da produção agrícola e, mesmo, industrial, para o sustento das famílias angolanas.
“O país tem muitos recursos naturais por explorar e valorizar e isso consegue-se com trabalho, disciplina, conhecimento e habilidade para fazer bem as coisas”, conclui. (Angop)