Ainda ontem, destacados dirigentes do partido no poder, em representação do candidato do MPLA, responderam às preocupações dos jovens relativas à sua formação académica. Hoje, Sábado, o partido maioritário realiza um acto de massas no Camama, por detrás do Centro de Produção da Televisão Pública de Angola (TPA)
O candidato do MPLA a Presidente da Republica, João Lourenço, percorreu ontem, dois mercados de Luanda para interagir com os seus utentes, tendo-lhes apelado a aderirem às urnas na próxima Quarta- feira (23). O candidato do MPLA a Presidente da República esteve sucessivamente nos mercados do Asa Branca e do Kikolo, onde destacou ser um direito constitucional, reservado ao cidadão, eleger o Presidente da República e os deputados, de cinco em cinco anos.
Aos cidadãos mais instruídos, João Lourenço solicitou que esclareçam os outros o modo de votar correctamente, aconselhando-os a não se dirigirem aos locais de votação com vestes partidárias.
Tal como em Benguela, o candidato a vice-presidente, Bornito de Sousa, João Lourenço recomendou aos eleitores a consultarem as listas para confirmar o local para votar, dirigindo-se, pessoalmente, à assembleia de voto ou enviando mensagem (SMS) ao 40666, com os dados do cartão.
Votar no MPLA é votar na paz, na democracia e no desenvolvimento, defendeu João Lourenço, que expressou satisfação com o grau de organização no mercado do Asa Branca, município do Cazenga. No mercado do Kikolo (Cacuaco), o político prometeu requalificar aquele espaço, que alberga seis mil e 850 vendedores, melhorando os seus arruamentos e a construção da cobertura.
Universitários apresentam preocupação
Os jovens universitários apresentaram, ontem, aos membros do Comité Central do MPLA, em Luanda, algumas preocupações relativas à sua formação académica. Entre elas, destaca-se a implementação obrigatória de estágios no currículo, melhorias no sistema de ensino superior e a criação de centros de pesquisa cientifica.
O membro do Bureau Político, Manuel Nunes Júnior, em representação do candidato a Presidente da República, João Gonçalves Lourenço, encabeçou a equipa do MPLA no encontro com jovens estudantes e académicos. Na ocasião, o representante da Associação dos estudantes de Ciências da Saúde, Hilário Cassule, propôsque, caso vença as eleições de 23 de Agosto, o MPLA faça uma reformulação nos programas de estudo, particularmente no ramo da medicina comunitária e cuidados primários de saúde.
Propuseram também a construção de um hospital-escola responsável pelas actividades pedagógicas, o apetrechamento de uma biblioteca e um laboratório para operações laboratoriais, assim como aplicação de um programa obrigatório de prestação de serviços para os recém-formados, num período mínimo de três anos, em unidades sanitárias, são outras contribuições apresentadas na área da saúde. Por sua vez, o porta-voz dos estudantes do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), Carlos Manuel, solicitou a criação de mecanismos que viabilizem a concessão do crédito bancário a estudantes do ensino superior sem capacidade financeira, a construção obrigatória de rampas em todas as instituições de ensino para deficientes, assim como mais rigor e controlo da Secretaria de Estado do Ensino Superior aos cursos a serem implementados no sistema.
Já os estudantes do curso de Ciências Empresariais, apelaram à formulação universal da grelha de currículos leccionados nas cadeiras de gestão e do valor da propina a nível nacional, tal como a isenção da taxa de alguns emolumentos praticados principalmente nas universidades privadas.
O aumento de mais tribunais, concepção de contratos para assessoria aos estudantes de direito aos gabinetes jurídicos, promovendo assim uma aliança entre as componentes teórica e prática, veio da parte dos estudantes das ciências jurídicas, lida pelo seu representante, Henriques Dalome.
A contribuição dos estudantes na diáspora foi feita por Celma Pequenino, que destacou a necessidade de celebrar protocolos entre o Estado angolano e os países estrangeiros para a facilitação do pagamento de dívidas correntes em virtude das complicações que se verificam na transferência de divisas.
Neste quesito, a estudante propôs a concepção de disposições que viabilizem as transferências para os estudantes na diáspora. Afloraram-se as preocupações das associações dos estudantes de engenharia, do Movimento Nacional dos Estudantes Universitários, que apelaram à formação de um parlamento académico e a aposta no sistema de energias renováveis, entre outros assuntos. (O País)