A trajectória política do Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, foi exibida hoje, em documentário, na vila municipal do Cachiungo, 62 quilómetros a leste da cidade do Huambo, numa iniciativa do Movimento Nacional Espontâneo (MNE).
A exibição aconteceu durante o acto de exaltação e divulgação dos feitos do chefe de Estado angolano na conquista e consolidação da paz, unidade e reconciliação nacional e no desenvolvimento económico e social do país, decorrido no campo municipal.
Entre os cinco mil presentes no campo municipal do Cachiungo, destacam-se o governador da província do Huambo, Kundi Paihama, o presidente do Movimento Nacional Espontâneo, Justino Fernandes, o deputado à Assembleia Nacional, Nuno Albino Carnaval, o general das Forças Armadas Angolanas, Domingos Salvador da Silva, o vice-governador local para o sector Económico, Joaquim Rodrigues da Conceição e o pastor Flávio Francisco Fernandes, da Assembleia de Deus Pentecostal.
Os mesmos ficaram a saber, entre vários factos que marcaram a trajectória política do Presidente da República, a sua partida para o então Congo Leopoldville, actual República Democrática do Congo (RDC), ainda muito jovem.
O vídeo faz ainda referência sobre as primeiras tentativas de criação das condições objectivas e subjectivas para o lançamento de profundas reformas económicas e políticas na primeira metade dos anos 80, com o apoio de jovens quadros saídos das faculdades de Engenharia, Direito e Economia.
Um dado relevante, segundo o documentário, foi o facto de José Eduardo dos Santos nunca ter ratificado nenhuma das sentenças proferidas pelos tribunais quanto à pena de morte, na altura em vigor, o que contribuiu decisivamente para a sua abolição em Angola.
De 1986-1992, o estadista lançou as bases para a pacificação no país e da região austral de África, que culminaram com a retirada das tropas invasoras sul-africanas, o repatriamento de militares cubanos, a independência da Namíbia e o fim do regime do apartheid na África do Sul.
Eliminados os factores externos que agravavam o conflito interno em Angola, José Eduardo dos Santos empenhou-se na busca de uma solução negociada, dinamizou a abertura ao pluralismo político e à economia de mercado, bem como organizou as primeiras eleições democráticas multi-partidárias.
Dez anos depois, graças à implementação de um programa multilateral de resistência nacional contra a guerra, de iniciativa do Presidente angolano, foi finalmente alcançado um entendimento entre as chefias militares do Governo e das forças rebeldes que levaram ao fim definitivo da guerra em Angola, num acto que se cumpriu solenemente em cerimónia realizada em Luanda no dia 4 de Abril de 2002. (ANGOP)