O presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, declarou, nesta quarta-feira, que o seu partido está preparado para o combate político, a fim de ganhar as próximas eleições e continuar a governar Angola, correspondendo aos anseios das populações.
Discursando no VII Congresso ordinário do MPLA, José Eduardo dos Santos disse estar a viver-se um momento crucial para o país.
Para si, a actual situação económica e financeira coloca grandes desafios.
José Eduardo dos Santos pediu que se faça uma análise autocrítica do que foi feito de modo a que os erros possam servir de critério para corrigir o presente e projectar o futuro.
Em sua opinião, o MPLA trabalha e o povo sabe. Está sempre empenhado em fazer mais e melhor.
Falou da necessidade de se redefinir prioridades em função do actual contexto e adoptar melhores práticas e opções mais vantajosas para realizar “bem o bem comum”.
Fez alusão aos avanços importantes dados com a construção de centros e postos de saúde, formação de mais médicos e enfermeiros, que realizam no país cirurgias de risco, em capitais de províncias, que só eram possíveis no exterior do país.
Manifestou preocupação com o surto da febre-amarela que assolou o país, causando mortes e o luto em muitas famílias, apesar do sacrifício e empenho dos técnicos de saúde.
Considerou ser motivo de preocupação as mortes de crianças recém-nascidas e de mulheres gestantes que aumentam devido à incidência de paludismo.
Para si, a vacina e a prevenção têm de ser obrigatoriamente respeitadas no sentido de reduzir o número destas doenças endémicas.
Defendeu a melhoria das condições do meio e que se encontre uma solução definitiva para o problema do saneamento básico.
Pediu a implementação, com rigor e sentido de responsabilidade, do programa de limpeza urbana adoptado pela província de Luanda e seja adaptado a todos as províncias do país.
Recomendou a promoção de campanhas de educação ambiental e protecção do meio com o envolvimento da sociedade civil e da população.
Ligou a prática de exercício físico à melhoria da saúde pública e recomendou a implementação de programas para estimular e apoiar este movimento.
Falou da necessidade de se promover uma alimentação saudável, com produtos locais, como uma boa estratégia preventiva para reduzir a pressão sobre o sistema de saúde.
O presidente do MPLA disse querer que se melhore a organização e a forma de gestão e o funcionamento dos hospitais, clínicas e centros médicos, de modo a que sejam locais de esperança, onde ricos e pobres sejam acolhidos com consideração, respeito e carinho.
Enalteceu os actos de solidariedade de organizações como a JMPLA e da OMA, de empresários e outras da sociedade civil em apoio a doentes e seus familiares, o que consolida a coesão social e constrói a nação estendendo a mão aos que mais necessitam. (ANGOP)