As atenções do MPLA no domínio da organização partidária durante o mandato de 2009 a 2016 estiveram viradas para o aprofundamento do papel dos órgãos e organismos do partido, com vista a materialização das decisões e recomendações do VI Congresso Ordinário do partido.
Esta indicação vem expressa no relatório do Comité Central ao VII Congresso Ordinário do partido, aberto na manhã desta quarta-feira no Centro de Conferências de Belas, em Luanda, pelo presidente cessante, José Eduardo dos Santos.
Segundo o documento, de 135 páginas, as decisões e recomendações do conclave anterior preconizava as acções de formação política dos militantes e o reforço das lideranças, da organização e do funcionamento ao nível dos comités de base do partido.
Durante o mandato em análise, foram desenvolvidas um conjunto de acções que permitiram a adequação e o reforço da organização e do funcionamento do partido a todos os níveis, refere-se.
Relativamente ao funcionamento dos órgãos e organismos nacionais do MPLA, o relatório indica que estes implementaram, satisfatoriamente, as orientações contidas na Moção de Estratégia do Líder, aprovada no VI Congresso Ordinário do partido.
O Comité Central eleito na ocasião, órgão deliberativo máximo no intervalo entre dois congressos, ficou composto por 311 membros, dos quais 114 do género feminino, tendo neste período realizado 12 sessões ordinárias e quatro extraordinárias.
Durante o período em análise, o Comité Central perdeu alguns dos seus membros, com realce para os do Bureau Político, nomeadamente Paulo Teixeira Jorge, Maria Mambo Café e Afonso Van-Dúnem “Mbinda”, realça o relatório apresentado em síntese pelo vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida.
Neste período, o Comité Central assumiu-se como garante da implementação da linha política e da materialização da estratégia geral do partido, tendo aprovado os instrumentos (…) necessários para o cabal funcionamento das estruturas do partido desde o nível nacional até às organização de base.
Estabeleceu regras e princípios de integração dos seus membros nas circunscrições territoriais com o propósito de aproximar os dirigentes às bases e impulsionar o funcionamento dessas estruturas nas suas respectivas localidades.
Nos termos dos estatutos, em 2014, o Comité Central do MPLA deliberou sobre a realização do V Congresso Extraordinário, com vista a adequação do calendário dos seus congressos ordinários, com o período de realização das eleições gerais do país.
Assim, o texto precisa que o V Congresso Extraordinário do MPLA desencadeou uma profunda reflexão em torno das questões essenciais da vida interna do partido e sobre a sua inserção na sociedade e nos desafios eleitorais previstos para os próximos tempos.
O relatório, cuja discussão pelos delegados está a ser orientada pelo vice-presidente do partido, Roberto de Almeida, refere que o Comité Central aprovou os instrutivos orientadores relativos a preparação e a realização do VII Congresso Ordinário, que decorre sob o lema “MPLA – Com o povo rumo à vitória”. (ANGOP)