No quadro da preparação do VII Congresso Ordinário do MPLA, aberto nesta quarta-feira, em Luanda, foi elaborada uma Moção de Estratégia do candidato da direcção do partido ao cargo de Presidente, José Eduardo dos Santos, para o período 2016 a 2021, apresentada no segundo dia dos trabalhos.
A elaboração do documento foi precedida de um vasto trabalho de avaliação dos resultados obtidos com a implementação da Moção de Estratégia aprovada no VI Congresso, bem como de um diagnóstico estratégico da situação do país, cujas principais conclusões são apresentadas no presente texto.
Com base no diagnóstico efectuado, foram definidas, na Moção de Estratégia, as grandes prioridades do partido e que foram transformadas em desígnios nacionais, tais como a consolidação da paz, reforço da democracia e preservação da unidade e a coesão nacional.
Inscreve ainda a promoção do desenvolvimento de uma sociedade civil participativa e responsável, asseguramento da inclusão política de todos os cidadão sem discriminação, edificação de um Estado de democrático e de direito forte, moderno, coordenador e regulador da vida económica e social do país.
Alista também a promoção do desenvolvimento sustentável, assegurando a inclusão económica e social, a estabilidade macroeconómica e a diversificação da economia nacional, reduzindo as desigualdades, estimular a transformação da economia, o crescimento do sector privado e a competitividade.
Na sua estratégia, José Eduardo dos Santos incluiu igualmente a promoção do desenvolvimento humano e a qualidade de vida dos angolanos com a erradicação da fome e da pobreza extrema, incentivo à criação de emprego remunerador e produtivo, elevando a qualificação e a produtividade.
O leque de intentos recenseia identicamente a garantia do desenvolvimento harmonioso do território angolano, promovendo a descentralização e a municipalização, garantia do fortalecimento e modernização do sistema de defesa e segurança nacional, bem como a promoção do reforço do papel de Angola no contexto internacional e regional.
Os desígnios nacionais inscritos do documento estruturam-se em objectivos concretos que serão prosseguidos através de acções que servirão de base para a elaboração do Programa de Governação do MPLA para o período 2017-2022 e do correspondente Plano Nacional de Desenvolvimento do Executivo.
O deputado Mário António foi indigitado para ler a parte da Moção relativa à vida interna do partido e maior inserção do MPLA na sociedade, o jurista Carlos Feijó apresentou a reforma do Estado, enquanto o economista Manuel Nunes Júnior expôs a parte sobre a garantia dos pressupostos fundamentais para o desenvolvimento sustentável da economia e das condições de vida dos angolanos.
O segundo momento da sessão da manhã foi marcada pela apresentação de mensagens das delegações estrangeiras convidadas ao evento, que deverá eleger o Presidente do partido e os membros do Comité Central. (ANGOP)