O secretário para Política Económica do MPLA, Manuel Nunes Júnior, rebateu as críticas das formações políticas concorrentes de que o Executivo liderado pelo seu partido não faz nada para o bem dos angolanos.
Manuel Nunes Júnior lembrou que as novas estradas, escolas, hospitais e postos médicos, mais campos agrícolas e água e luz para a população do Cuanza-Norte fazem parte de um leque de acções que o seu partido programou em 2012.
O político referiu que muito ainda tem de ser feito, porque, em 15 anos de paz, ainda não foi possível resolver todos os problemas que afligem a população. De acordo com Manuel Nunes Júnior, Angola é um país novo em termos de história, havendo países mais antigos e mais avançados, mas Angola está a avançar o seu processo de desenvolvimento, por isso ser importante a participação das pessoas na vida política.
“Angola está a iniciar o seu processo de levantamento de voo e, para isso, é preciso que haja uma tripulação bem preparada para que o avião chegue ao fim da sua descolagem e depois atinja a velocidade de cruzeiro”, explicou.
Segundo o político, quando o avião está a subir e se muda a tripulação, tudo se complica. “Se este processo de descolagem for interrompido, tudo que nós fizemos até aqui cai por terra”, precisou.
Manuel Nunes Júnior orientou actos de massa nos municípios do Golungo Alto, Lucala e Cazengo, província do Cuanza-Norte, na presença do primeiro secretário do MPLA na província, José Maria dos Santos, e de políticos como Mawete João Baptista, Augusto da Silva Tomás e Rosa Micolo.
O dirigente pediu a todos para aparecerem em massa no dia do voto e renovarem a confiança no MPLA e continuar o processo iniciado de levantamento de voo. “Se todos formos e levarmos mais uma pessoa, mesmo que não seja militante do nosso partido, o resultado será ainda muito maior”, disse.
Garantiu que o seu partido defende a criação de emprego com o aumento da produção agrícola, da produção agro-industrial, das pescas, da indústria transformadora, do turismo e outras áreas.
O político chamou a atenção para mensagens enganosas de alguns partidos que, entre outras promessas, garantem à população que vão determinar um salário mínimo de 500 dólares. “As pessoas que estão a fazer esse tipo de promessas não sabem o perigo que elas representas do ponto de vista económico e social”, disse, para acrescentar que quando um país estabelece um salário mínimo não é só para o Estado, mas também para os privados.
“Isso significa que ninguém pode pagar um salário abaixo de 500 dólares, porque estaria a violar a lei. Se um empresário dá o seu máximo, mas não consegue pagar 500 dólares ao trabalhador, só pode pagar 200 ou 100, este empresário não faz nada mais se não despedir o funcionário, devido à incapacidade da empresa em pagá-lo tal salário mínimo”, explicou o político, que é também economista e professor universitário.
Manuel Júnior refere que esta política defendida por alguns partidos ao contrário de aumentar o emprego, contribui para aprofundar ainda mais o desemprego. “Um partido sério não pode fazer afirmações que podem levar o país a situações piores daquelas que vive hoje”, sustentou. (Jornal de Angola)